Somos cidadãos do céu!



 
Irmãos, "O amor de Deus se realiza em todo aquele que guarda sua palavra fielmente" (1Jo 2,5).

Hoje em um mundo tão marcado pela cobiça, pelo querer ser, querer ter e querer poder, ao lermos a parábola do administrador infiel, em muitos casos, não choca mais a desonestidade, a lei da vantagem que nos cerca a olhos nús em todos os segmentos de nossa sociedade.

...há muitos por aí que se comportam como inimigos da cruz de Cristo" (Fl 3,17-18) já nos exortava e exorta São Paulo.

Ao lermos esta citação de São Paulo, achamos que isso é impossível de acontecer conosco, mas, todos os dias, em vários momentos, somos tentados a nos comportarmos como verdadeiros inimigos da cruz de nosso Senhor.

Ao fazermos vistas grossas para determinados comportamentos, para determinadas situações, quando não temos a coragem de denunciar o erro e as iniquidades, exortarmos sem medo as desonestidades estamos nos comportanto como inimigos da cruz.

Em nossas inquietações, em nossas dúvidas, oramos ao Senhor pedindo força e coragem, mas temos medo de exortar, denunciar, de nos expor .... e então clamamos o socorro do Senhor para as nossas necessidades e Ele, muitas vezes silencia. Então pecamos... pecamos pela murmuração, pelo desânimo, pela dificuldade de orar novamente, pela dúvida de que somos ouvidos....

Vale lembrar que “Madre Teresa de Calcutá, apesar do seu espírito de caridade e fé, também sofreu com o silêncio de Deus", conviveu com o silêncio de Deus durante 50 anos, mas mesmo assim, continuou denunciando, exortando, enfrentando os poderosos. O "silêncio de Deus" não foi suficiente para impedi-la de ser  “justa”, ser fiel e continuar caminhando nos caminhos do Evangelho. Sentia fome e sede de justiça, ou seja, queria ser saciada em sua caminhada para Deus e Deus se tornou o mesmo “Deus absconditus” do profeta Isaías (Is 45,15).

Madre Teresa, que foi uma santa dos tempos modernos, mostrando que a justiça é uma atividade transformadora através da fraternidade e da solidariedade, independende do lugar em que estejamos.

Na denominada “aridez espiritual". O mais importante é não perder o endereço do Evangelho, até mesmo quando a oração não consola, pois só assim seremos fortes o suficiênte para dizer não a todo o tipo de "coisas" ou "acontecimentos" que nos querem tornar inimigos da cruz.

Irmãos! força, coragem e perseverança, são as palavras de ordem para todos nós cristão, pois somos cidadãos do céu.

Fiquem na paz!
sua irmã,
Maria Daisy

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