Capacitados para servir

O Catecismo da Igreja católica (n.683) nos diz que “sem o Espírito não é possível ver o Filho de Deus, e sem o Filho, ninguém pode aproximar-se do Pai, pois o conhecimento do Pai é o Filho, e o conhecimento do Filho de Deus se faz pelo Espírito Santo.”

E Paulo VI, em sua Encíclica Evangelli Nuntiandi, n.75, nos ensina que “nunca será possível haver evangelização sem a ação do Espírito Santo [...] Ele é aquele que, hoje ainda, como nos inícios da Igreja, age em cada um dos evangelizadores que se deixa possuir e conduzir por ele, e põe na sua boca as palavras que ele sozinho não poderia encontrar, ao mesmo tempo que predispõe a alma daqueles que escutam, a fim de a tornar aberta e acolhedora para a Boa Nova e para o reino anunciado. As técnicas da evangelização são boas, obviamente; mas ainda as mais aperfeiçoadas não poderiam substituir a ação discreta do Espírito Santo.


A preparação mais apurada do evangelizador nada faz sem ele. De igual modo, a dialética mais convincente, sem ele, permanece impotente em relação ao espírito dos homens. E, ainda, os mais bem elaborados esquemas com base sociológica e psicológica, sem Ele, em breve se demonstram desprovidos de valor.” Ou seja, é possível ter-se uma abundância de programas, de planejamentos, de projetos, e até de boas intenções, mas se não levarmos em conta, de modo efetivo e experiencial (e não apenas com retórica sociológica e teológica) a participação livre e soberana do operar do Espírito, podemos fazer muito barulho e colher poucos resultados em nosso trabalho de evangelização.

Desde os primórdios da evangelização, Paulo ressaltava: “O nosso Evangelho vos foi pregado não somente por palavra, mas também com poder, com o Espírito Santo e com plena convicção. Sabeis o que temos sido entre vós para a vossa salvação” (1 Tes 1, 5). E mais: “Também eu, quando fui ter convosco, irmãos, não fui com o prestígio da eloqüência nem da sabedoria anunciar-vos o testemunho de Deus. Julguei não dever saber coisa alguma entre vós, senão Jesus Cristo, e Jesus Cristo crucificado. Eu me apresentei em vosso meio num estado de fraqueza, de desassossego e de temor. A minha palavra e a minha pregação longe estavam da eloqüência persuasiva da sabedoria; eram, antes, uma demonstração do Espírito e do poder divino, para que vossa fé não se baseasse na sabedoria dos homens, mas no poder de Deus” (1 Cor 2,1-5)

A obra da Salvação é uma obra de Deus. E para realizar e cooperar com a obra de Deus, precisamos do poder de Deus, conforme nos foi prometido e dado (At 1,8). Assim como é louvável buscarmos o mais frequentemente possível a comunhão com o Senhor na Eucaristia, de igual modo é salutar pedirmos ao Senhor que nos batize, que nos sature constantemente com seu Espírito, capacitando-nos adequadamente para a missão.

Que o Espírito Santo de Deus possa imprimir em nossos corações a verdadeira vontade de Deus para nós e assim abertos a ação do Espírito sejamos  capacitados e impulsionandos por Ele, para tudo aquilo que Ele espera de nós desde sempre.

Ao encerrarmos este aprendizado sobre a Pessoa do Espírito Santo, fomos, como Comunidade Paroquial, agraciados pela Missa da Vigília de Pentecostes, celebrada pelo Pe. Cristiano, no último sábado, dia 1, na Igreja Matriz de Santa Bibiana. Foram momentos de um abundante derramamento do Espírito Santo sobre todos os que lá estavam, que possamos vivencia-lo em nossa vida, em nosso dia a dia.

Fiquem na paz!
sua irmã,
Maria Daisy

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