A efusão do Espírito Santo

Por sua Páscoa, Jesus Cristo redimiu todo o gênero humano. Por Ele, todos os homens têm acesso à salvação. É fundamental, porém, que todos e cada homem, já salvos, assumam explícita e pessoalmente, essa salvação.

O mistério da salvação oferecido gratuitamente por Deus precisa ser aceito livremente por cada um de nós, como opção pessoal, em uma atitude de obediência de fé.

Crentes, descrentes, batizados só de nome, praticantes, santos e pecadores, são visitados por essa graça pascal (v. Catec., n.731), e dão um salto qualitativo na fé, que vai de um não conhecimento, de um conhecimento insuficiente, de um conhecimento fundamentado na cultura e na razão, apenas, a um conhecimento experiencial, que aguça a fé e sacia a sede e que envolve todo nosso ser e proporciona a todos uma progressiva tomada de consciência a respeito do real significado dos sacramentos da iniciação cristã, do que significa ser cristão, ser salvo, ser Igreja...

E não precisamos ficar esperando que, aleatoriamente, uma hora aconteça conosco. Ou, se já aconteceu, achar que foi o suficiente. Jesus nos garante permanentemente a efusão do Espírito Santo. Quem tiver sede, vá a Ele e beba (Jo 7, 37-39), mais e mais. Se o nosso pecado, se a nossa tibieza, se a nossa pequena fé nos esmorecem, enchamos-nos do Espírito

Agora isso é possível. É possível oferecermos ao Espírito mais e mais espaço em nossa vida para que Ele a complete com sua plenitude. Ele, que já está em nós, pode manifestar-se, aqui e agora, segundo a Sua vontade e nossa abertura à Sua ação... É até quando vamos ter necessidade da Efusão do Espírito? Até atingirmos a santidade!!!

Em março de 2002, falando aos membros de uma delegação da “Renovação no Espírito Santo”, na Itália, o papa João Paulo II afirmou: “A Igreja e o mundo têm necessidade de santos, e nós somos tanto mais santos quanto mais deixamos que o Espírito Santo nos configure com Cristo.”  E mais recentemente -23 de maio de 2004 -, ao convidar os Movimentos Apostólicos a participar da Vigília de Pentecostes, dava o motivo de seu convite: “...para invocar sobre nós e sobre toda a Igreja uma abundante efusão dos sons do Espírito Santo”...

Associemo-nos a Maria – “aquela que, embora já tendo experimentado a plenitude do Espírito na encarnação do Verbo (gratia plena), obedeceu à instrução do Filho e também se colocou à espera do cumprimento da promessa do dom do Espírito”. “E todos ficaram cheios do Espírito...” (cf. At2,4).

Peçamos, com João Paulo II, a intercessão dela: “ Ó Virgem Santíssima, mãe de Cristo e da Igreja [...] Tu que estivestes no Cenáculo com os apóstolos em oração, à espera da vinda do Espírito de Pentecostes, invoca a Sua renovada efusão sobre todos os fiéis leigos, homens e mulheres, para que correspondam plenamente à sua vocação e missão, como ramos da ‘verdadeira videira’, chamados a dar ‘muitos frutos’ para a vida do mundo” (Christifideles Laici, n. 64).

Fiquem na paz!
sua irmã,
Maria Daisy

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