OS 7 PECADOS CAPITAIS ( parte2)
1. Soberba ou orgulho: é quando nos achamos
melhores que as outras pessoas. Você se torna o seu próprio deus, e a glória de
tudo o que você faz sempre vai para você mesmo; o seu umbigo torna-se o centro
do Universo.
Veja Eclesiastes 10,15; Romanos 3,27; Gálatas 6,4;
Mateus 18,3.
São Tomás de Aquino
considerou a soberba ou orgulho, um pecado específico, embora possa ser
encontrado em todos os outros pecados. A soberba é a forma básica do pecado.
Ela teria sido a responsável pela desobediência de Adão, que provou o fruto
proibido com a ambição de se tornar Deus. A soberba leva o homem a desprezar os
superiores e a desobedecer as leis. Ela nada mais é que o desejo distorcido de
grandeza.
A pessoa que manifesta a soberba
atribui apenas a si próprio os bens que possui. Tem ligação direta com a
ambição desmedida, a vanglória, a hipocrisia, a ostentação, a presunção, a
arrogância, a altivez, a vaidade, e o orgulho excessivo, com conceito elevado
ou exagerado de si próprio. Quantas pessoas de nosso convívio conhecemos com
algumas, ou todas, essas características?
É um pecado perigoso. "Deus
resiste aos soberbos", "O orgulho procede a destruição", etc. O
orgulho é a tocha que ateia o inferno e toca fogo no mundo. O orgulho é o cabeça
da iniquidade. Não há nada horrível demais para ser cometido. Ele
pega aquilo que é melhor e torna-o contra Deus. Vamos tentar acertar as flechas
da verdade nesta coisa pegajosa, e que o Espírito Santo ponha veneno nestas
flechas. Vamos dar uma olhada em algumas das coisas, que são boas em si, mas
que são transformadas pelo orgulho contra nosso bem.
* O
ORGULHO DA RIQUEZA, * O ORGULHO DA BELEZA, * O ORGULHO DA MORAL, * O ORGULHO DA
POSIÇÃO, * O ORGULHO DA ESPIRITUALIDADE, * O ORGULHO DA COMUNIDADE, * ORGULHO
DA DENOMINAÇÃO, * ORGULHO DO TRABALHO.
2. Avareza: amor ao
dinheiro. O dinheiro torna-se tudo na vida, e você crê que com ele pode comprar
tudo de que precisa, inclusive pessoas. Seres humanos passam a valer menos que
seu dinheiro. O dinheiro como deus é o único tipo de idolatria condenado
diretamente por Jesus Cristo. Veja em Mateus 6,24; 1Timóteo 6,10; Marcos
10,21-22 e João 12,5-6.
Avareza
vem do latim avere.
Segundo o dicionário Aurélio, avareza significa excessivo e sórdido apego ao
dinheiro; falta de generosidade e mesquinhez. Entende-se por sórdido quem
denota o emprego de meios degradantes e baixos para alcançar um fim. Você
conhece alguém assim?
Convivemos
diariamente com pessoas que cometem esse pecado capital. A avareza pode gerar
outras atitudes negativas: a desumanidade derivada do excesso de apego, a
inquietude que impõe preocupações e cuidados excessivos, proveniente da
necessidade de juntar bens para si. Está ainda relacionada com os enganos, a
falsidade e a mentira, na tentativa de enganar para lucrar. Segundo o conceito
cristão, o homem se preocupa em acumular bens que não conseguirá levar para o
céu (paraíso). O lema de quem comete a avareza é: "Quanto mais tenho, mais
quero".
Avareza no trabalho
No
trabalho podemos encontrar essa característica em líderes "avaro" em
relação à comunicação, levando ao slogan: "Não tenho confiança em
ninguém", monopolizando as informações que lhe chegam às mãos, por não
conseguirem lidar com a diversidade, com a transparência, entrando num clima
defensivo. Assim, não "conseguem" comunicar-se com a equipe, que
acaba por não compreender as ideias e instruções, pois na verdade, não são
passadas claramente, onde o líder deseja deter a informação para si, provocando
deturpações e conflitos nas tarefas do dia-a-dia. A equipe tende a perder a
confiança nas decisões e atitudes do líder. Em termos de gestão de pessoas
podemos apontar a tendência à centralização como gesto avarento nas
organizações.
Avareza
define-se ainda como estar excessivamente apegado a alguma coisa levando a um
grande medo de faltar, uma percepção de escassez; que pode ter sua origem na
infância, onde quando crianças passaram muitas privações, sendo muito comum a
privação alimentar. Podemos verificar isso em pessoas que sempre fazem ou
compram comida mais do que o necessário, com medo, ainda que inconsciente, de
faltar. Outra reação muito comum é não permitir que ninguém, principalmente as
crianças, deixem comida em seus pratos, obrigando-as a comer tudo que foi
colocado. Tudo isso pode gerar adultos que comem em excesso, cometendo outro
pecado capital: a gula.
A
avareza é o produto de uma necessidade que se encontra na intimidade da psique
(mente) humana. Ela tenta disfarçar o conflito com a busca de bens, mas nunca
consegue suprir a sensação de carência, sendo um dos fatores que faz com que a
pessoa sinta uma insatisfação constante, buscando cada vez mais adquirir bens,
acreditando que com a próxima conquista sentirá satisfação, o que nunca ocorre.
O
dinheiro pode passar a ser ainda uma fonte absoluta de poder, pois em muitas
famílias e na sociedade como um todo, quem ganha mais parece ter o direito de
reivindicar sua autoridade e poder, o que também leva à soberba.
A
riqueza pode ser um dos instrumentos com o qual se manipula as pessoas,
controlando-as e fazendo-as agir do modo muito distante do que na verdade
desejam. Em muitos casos pode até influenciar a escolha da profissão, fazendo
com que a pessoa busque uma profissão tida como tradicional e de maior
valorização social, em detrimento de sua vocação interna, sem se dar conta que
ao longo do tempo, poderá ser mais uma fonte de insatisfação.
É uma
falta de contato com o mundo interno, gerando uma busca incessante por tudo que
é externo, pois acredita que dentro dela não há nada, como se houvesse um
imenso vazio que só poderá ser preenchido por algo que venha de fora. O que
gera a necessidade de ostentação, ou seja, a ilusão de querer ter êxito diante
do mundo e não dentro de si mesmo. A ilusão nada mais é do que uma defesa
contra uma realidade amarga. Embora, possa poupar das dores momentaneamente, ao
mesmo tempo, torna prisioneiro da uma verdade que nem sempre corresponde com a
realidade.
Quase
sempre desenvolvemos a ilusão na infância, com pais, professores, parentes,
como sendo reais ensinamentos de que o dinheiro compra tudo e todos e que, com
o passar do tempo, se tornam crenças que inconscientemente seguimos. Por
exemplo, uma pessoa com baixo padrão de vida, que na infância presenciava
muitas brigas dos pais e, que nos finais de semana ou em período de férias,
passava na casa de um amigo ou parente, cujo ambiente era acolhedor, tranqüilo,
de muita harmonia entre as pessoas, e com um padrão de vida um pouco melhor;
quando adulto, poderá relacionar que o dinheiro é que proporcionava paz e
harmonia, fazendo de tudo para encontrá-la através das posses materiais. O que
é pura ilusão.
Afeto X dinheiro
Ainda
há muitas pessoas que agem em função dessa crença e acreditam que o amor, o
carinho, a atenção, a presença constante, podem ser facilmente substituídas por
roupas caras, carros importados, uma linda casa, frequentar os melhores
restaurantes, viagens constantes, como se isso fosse suprir o amor não
recebido. Tudo isso só gera adultos que cometem, ainda que inconscientemente,
não só esse pecado capital, como ainda a soberba, o orgulho, a vaidade e a
luxúria.
A
avareza gera ainda uma preocupação com rótulos, pois como se importa com a
opinião dos outros de maneira exagerada, ainda que a negue, há uma necessidade
de mostrar sua capacidade através de aquisição de bens materiais, como a
importância por suas posses e propriedades, como se isso mostrasse sua real
capacidade.
Viver
em busca de bens materiais é valorizar e viver em função do externo, pois não
acredita ter algo dentro de si mesmo. Isso pode criar muitas ilusões e
fantasias acreditando que quanto mais obtiver, mais felicidade encontrará, como
se a posse material fosse o suficiente para proporcionar felicidade.
Pessoas
que dão valor excessivo aos bens materiais precisam acreditar que são
superiores para compensar um profundo complexo de inferioridade e a crença na falta
de sentido em que vivem.
(continua amanhã)
Fique na paz!
sua irmã,
Maria Daisy
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